5 de agosto de 2019

Wrap Up Semanal

Mercado financeiro prevê maior redução para a Taxa Selic

Grande parte das principais referências do mercado financeiro preveem um valor de 5,25% para a taxa SELIC ainda no fim de 2019. A justificativa para tal é dada pela redução de 0,5% no último mês, no qual a taxa básica de juros do país passou a ser 6% ao ano.

A expectativa era de 5,5% inicialmente, porém, com as condições atuais do mercado e a postura do governo, a projeção final foi reduzida em 0,25% para o final deste ano. Contudo, para 2020, 2021 e 2022, não há alteração da expectativa, segundo o relatório Focus, pesquisa realizada pelo Banco Central semanalmente com instituições financeiras.

Em 2020 a taxa Selic fechará em 5,5% ao ano e 7% ano para os dois anos seguintes.

Câmara aprova texto-base em 2º turno da reforma da Previdência

Na última quarta-feira (07), a Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno o texto base da proposta da reforma da previdência, com 370 votos a favor e 124 contra. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia proclamou o resultado e a continuidade do andamento do processo da reforma.

No primeiro turno, realizado no dia 13 de julho, o resultado foi também de larga vantagem à aprovação, tendo 379 votos a favor. Para ambos os turnos a quantidade necessária para aprovação do texto é de 308, onde somente podem ser feitas, caso julgadas necessárias, propostas que reduzam as pautas do texto.

Com a aprovação do segundo turno, a tramitação na Câmara segue para análise do Senado, onde também será realizada a votação em dois momentos distintos.

MEC realiza novo corte de recursos e bloqueia R$ 348 milhões para a educação básica

O Ministério da Educação optou por mais um bloqueio em recursos da educação. Desta vez, o contingenciamento foi dado na educação básica, onde haverá o bloqueio de R$ 348.471.497 na produção de materiais e livros didáticos voltados para o setor inicial da educação do país.

Em nota, o MEC informou que “a produção, aquisição e distribuição de livros e materiais didáticos e pedagógicos para a educação básica está garantido para 2020”. A medida é voltada para garantir uma melhor eficiência na utilização dos recursos de forma geral. Os recursos contingenciados terão como objetivo auxiliar o desenvolvimento da prática pedagógica e de softwares projetados para o futuro.

Além deste contingenciamento, ainda no primeiro semestre, o MEC anunciou o bloqueio de R$ 5,8 bilhões para educação, sendo o ensino superior o mais afetado, atingindo os gastos operacionais para o funcionamento das universidades federais do país.

 

Após massacres, Trump pretende mudar regulação sobre porte de armas

Dois ataques com armas irromperam os Estados Unidos esta semana. Os dois ataques, em El Passo (Texas) e Dayton (Ohio) resultaram na morte de cerca de 31 pessoas. O presidente americano se posicionou imediatamente sobre o acontecimento em suas redes sociais; no Twitter disse que apesar de ser um apoiador da Segunda Emenda armamentista, afirmou que é necessário garantir a segurança da população. A declaração de Trump pode abrir espaço para uma nova regulamentação armamentista no país.

Neste cenário, mesmo enfraquecida, a NRA se posiciona contra uma maior regulamentação sobre o porte. A Associação Nacional de Rifles (NRA) recebeu presencialmente Trump para um bate papo sobre o assunto. Após os ataques em Newton, o lobby começou a perder certa influência política; mesmo assim, a NRA reafirmou a necessidade de garantir o porte para o cidadão de bem.

China abaixa o câmbio e da pontapé inicial para guerra monetária

Após a confirmação acerca da sanção comercial americana de taxar em 10% U$300 bilhões em produtos chineses, o país reagiu em uma estratégia monetária: reduzir o câmbio para o valor mais baixo da história. A queda de 1,4% levou a moeda chinesa ao patamar de 7 yuan por dólar.

A decisão fez com que o valor do dólar disparasse no país, atingindo o maior nível em 11 anos. O presidente americano declarou que a manobra se tratava de uma “manipulação cambial”.

A medida foi tomada para deixar as exportações da China mais baratas, tornando assim seus produtos mais atrativos ao mercado, ao passo que a importação de produtos americanos se torna mais cara para consumidores chineses.

Estados Unidos bloqueiam ativos venezuelanos no país

Todos os ativos venezuelanos em território americano foram bloqueados. Nenhum bem, fundo, ou conta pode ser movimentada ou transferida. O bloqueio afeta não só pessoas jurídicas, como fisícas também. O presidente americano Donald Trump justificou o ato como forma de proteger o patrimônio da Venezuela da má administração do governo de Nicolás Maduro.

Bolsa

A insegurança dos investidores com a guerra comercial EUA-China limitou a alta das ações, porém, a bolsa fechou a semana que passou em 103.996 pontos, representando uma valorização de 1,29%. Na segunda feira, com o avanço das tensões comerciais, o Ibovespa chegou a tocar o patamar de 99 mil pontos, porém, conseguiu se recuperar, ainda que discretamente, ao longo da semana.

A Vale, muito ligada ao consumo chinês de minério de ferro, teve resultado negativo na semana, com queda de 3,58%.

Destaque positivo para os papéis da Qualicorp, com valorização de 36,64% na semana, devido a aquisição de suas ações pelo grupo Rede D`or, e para B2W, que apresentou a melhor geração de caixa nos últimos nove anos e animou investidores, levando a alta de 17,75%.

Dólar

O medo frente a tensões comerciais entre EUA e China impactou gravemente o dólar nesta semana, levando a moeda a fechar em R$ 3,9399, representando alta de 1,25% no período. Desde o final de maio, foi a primeira vez que a moeda americana fechou acima de 3,90.

O risco de uma recessão global, devido ao aumento da paridade entre o dólar e o yuan pela China, fez com que o dólar se fortalecesse frente ao real e outras moedas emergentes.