8 de janeiro de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Embraer e Boeing anunciam negociações que podem gerar uma gigante no mercado de fabricante de aeronaves
Embraer, terceira maior exportadora do Brasil em 2017, está na mira da Boeing, a fabricante de aeronaves americana. As duas empresas confirmaram nesta quinta-feira, segundo nota divulgada no site da Embraer, que “estão em conversações a respeito de uma potencial combinação, cujas bases ainda estão em discussão”.
Uma eventual união entre as empresas pode criar uma gigante da aviação mundial, com atuação tanto na aviação regional quanto no segmento de longa distância.
Tal “combinação” entre a brasileira e americana seria uma reação à união das respectivas concorrentes Bombardier e Airbus.
Maior rival da empresa americana, a francesa Airbus passou a atuar no segmento de aeronaves de médio alcance recentemente, ao comprar o programa de jatos regionais da canadense Bombardier.
Ao se associar com a Embraer, a Boeing também poderia entrar no mercado de jatos com capacidade para até 130 passageiros.
A Embraer foi privatizada em 1994, e na ocasião, o acordo previa ao governo brasileiro uma “golden share”, ação que dá o direito a veto a diferentes decisões, entre elas a transferência de controle acionário da companhia.
Para o avanço das negociações é necessário o do aval do governo brasileiro, a aprovação pelos conselhos das duas empresas e pelos órgãos reguladores de Brasil e Estados Unidos.
Fonte: BBC Brasil
Presidente assina decreto de aumento de salário mínimo |
O presidente Michel Temer assinou na ultima sexta feira, dia 29, o decreto que aumenta o salário mínimo de R$ 937,00 para R$ 954,00. O novo valor fica abaixo da estimativa aprovada pelo Congresso Nacional, que corresponde a R$ 965.
Por lei, o ajuste deve se basear na variação do PIB de dois anos antes e na inflação apurada no ano anterior. Em 2015, porém, como houve retração do PIB, este ficou fora do cálculo.
Desemprego é de 12% no trimestre até novembro
A taxa de desemprego do país atinge 12,571 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, isto corresponde a 12% da população, em linha com as projeções dos especialistas.
De junho a agosto este resultado havia sido de 12,6% e em comparação com o mesmo período do ano passado, que havia 11,9% de desempregados, também utilizado como base de comparação, o resultado foi ligeiramente mais alto.
BC vê inflação menor, abaixo da meta em 2017, e reforça sinal de mais corte nos juros
Ao mesmo tempo em que passou a ver maior crescimento econômico, o Banco Central (BC) reduziu novamente suas expectativas sobre a inflação neste ano, ainda mais abaixo da meta oficial, e manteve a sinalização de que deve continuar reduzindo os juros básicos no início de 2018.
Agora, o BC calcula alta do IPCA em 2,8% em 2017 e de 4,2% em 2018 pelo cenário de mercado, sobre 2,9% e 4,2%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira. A meta de inflação deste e do próximo ano é de 4,5%, com margem de 1,5 p.p. para mais ou menos.
A deflação observada neste ano no preço de alimentos é o que explica a inflação abaixo do piso da meta esperada para 2017. Com o IPCA abaixo de 3 por cento, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, terá que escrever uma carta justificando o porquê do não cumprimento do alvo oficial.
O BC manteve no relatório as ressalvas sobre a condução da política monetária, ao pontuar que uma nova redução moderada para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em fevereiro, é adequada neste momento.
O mercado aposta em corte de 0,25 ponto na taxa básica de juros em fevereiro, após redução de 0,50p.p. feita neste mês e que levou a Selic ao seu menor nível histórico, de 7,00%.
Para 2019 e 2020, o BC manteve no relatório a expectativa de um IPCA em 4,20% e 4,10%, respectivamente, ao redor da meta nos dois casos. Em 2019, o centro da meta de inflação é de 4,25% e em 2020, de 4,00%, sempre com banda de 1,5 p.p..
O BC também melhorou sua expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a 1,00%, contra 0,70% antes, e a 2,60% no ano que vem, contra 2,2% divulgado anteriormente.
Mesmo assim, os números seguem mais modestos que um crescimento na atividade esperado pelo ministério da Fazenda de 1,1% para este ano e de 3,0% para o próximo.
Fonte: Terra
Internacional
Ano de 2018 marcado por incertezas na América Latina
O ano de 2018 será de grande incerteza para a América Latina. Eleições presidenciais em três importantes economias – Brasil, México e Colômbia – estão marcadas por escândalos de corrupção e falta de legitimidade política. O cenário adiante pode atrapalhar o ritmo da retomada da economia, acreditam analistas.
Existe um descontentamento grande na região, mas nestes países, o nível é extremamente alto. Uma pesquisa conduzida em novembro mostrou que o Brasil ocupa o último lugar do nível de satisfação com a democracia, sendo apenas 13% satisfeito. No México este percentual é de 18% enquanto na Colômbia, é de 17%.
Dez pessoas morrem em protestos contra o governo do Irã
Dez pessoas morreram em protestos contra o governo do Irã, que ocorreram no último dia do ano.
Os manifestantes protestam contra o aumento do custo de vida, bem como contra a corrupção no país e dificuldades econômicas. No ano passado, o número de jovens desempregados chegou a 28,8%.
Para conter os protestos, o governo tirou do ar programas de comunicação, como o Instagram e o Telegram.
O Irã é um dos principais produtores de petróleo e uma potência regional, mas a insatisfação da população é grande com o envolvimento do país em conflitos na Síria e no Iraque, como parte da disputa por influência com a rival Arábia Saudita. Para a população local, o dinheiro que está sendo investido em guerras no exterior deveria gerar empregos para o povo.
Principais índices financeiros
Bolsa
O Ibovespa registrou alta de 1,6% na última semana de negociações de 2017, que contou com apenas três dias de pregão e volumes abaixo da média para o índice. Com a rápida escalada de 5,2% nas duas últimas semanas do ano, o Ibovespa quebrou com a sequência de movimentações laterais apresentada desde outubro, fechando o ano acima dos 76 mil pontos e encerrou 2017 com valorização de 26,9%. Apesar de bastante expressiva, a marca ficou atrás do desempenho do MSCI Emerging Markets, cuja valorização em 2017 foi de 33%. O ano passado também foi positivo para a renda variável nos mercados globais como um todo: alta de 25% para o índice Dow Jones, 19,4% para o S&P 500 e 28,2% para o Nasdaq. O próprio MSCI All-Country World Index, um índice que busca refletir o mercado global, fechou em alta de 21,8% e pela primeira vez na história registrou altas em todos os meses de um mesmo ano. Diante do desempenho notável do mercado de ações, é natural que em 2017 a aplicação mais rentável do mercado brasileiro tenha sido um conjunto do universo de renda variável, o índice Small Caps da Bovespa, que apresentou forte valorização de 49,4%.
Dólar
O dólar encerrou o ano de 2017 cotado a R$ 3,31, tendo apresentado apreciação de 1,94% ao longo do ano. O desempenho da moeda brasileira frente à divisa norte-americana descolou daquele observado para várias moedas ao redor do mundo, que em geral ganharam valor frente ao dólar. O ETF CEW, que mede a variação de uma cesta de moedas emergentes contra o dólar, encerrou 2017 em alta de 11%. O destaque do ano ficou por conta do euro, o melhor desempenho entre moedas globais com alta de 15,4% frente ao dólar.
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