7 de maio de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Gastos públicos crescem 7,4% no primeiro trimestre
Os gastos públicos brasileiros cresceram 7,4% neste primeiro trimestre de 2018, ficando bem acima do aumento de 1,9% no mesmo período do ano passado. Este número fica acima do permitido na emenda que institui o teto de 7,1% para estes gastos da máquina pública.
O Tesouro Nacional alegou que a margem de 7,1% é para o ano todo e que pode ter sido esticada uma vez que alguns ministérios anteciparam parte de sua execução, bem como o pagamento de precatórios, que injetou cerca de R$ 9,5 bilhões na economia, o que levou ao deficit primário de R$ 24,8 bilhões.
Banco Central ordena a liquidação do Banco Neon
Foi decretada pelo BACEN, nesta sexta feira (4), a liquidação extrajudicial do Banco NEON S.A, instituição bancária de Belo Horizonte que possuí acordo operacional com a fintech NEON Pagamentos.
Tal decisão não afetou a fintech, que possuí 600 mil clientes e opera as contas digitais, porém, os clientes alegaram dificuldades para realizar serviços financeiros e acessar o site.
A medida foi tomada, após o BC entender um comprometimento da situação financeiro/econômica do banco, além de constatar graves violações ás normas legais e regulamentares que regiam as atividades da instituição.
Internacional
Reunião do Fed mantém juros dos EUA
Após reunião do Federal Reserve, principal órgão regulador do sistema financeiro americano, a taxa de juros de curto prazo se manteve inalterada, ficando entre a banda de 1,5% a 1,75%, como fixada em março.
O banco central dos EUA está restringindo a política monetária a fim de controlar o crédito ao consumidor, após a inflação finalmente dar as caras e ficar próxima a meta da instituição. Suas autoridades esperam ainda ter mais aumentos graduais nos juros, uma vez que a inflação parece tender a chegar próxima a meta de 2%. Economistas acreditam que já em junho isto ocorra, podendo haver quatro aumentos no ano de 2018, em contrapartida ao dito em março, que ocorreriam apenas três.
Para defender peso, Banco Central Argentino eleva juros para 40%
Nicolas Dujovne, ministro da fazenda da Argentina, divulgou uma nova estratégia fiscal para combater a desvalorização do peso frente ao dólar. Após sequenciais elevações nos juros, o Banco Central da Argentina promoveu uma nova alta, de 33,25%, definidos dias atrás, os juros foram para 40% na ultima (data).
“Esperamos que a subida dos juros seja transitória, sabemos que haverá impacto na economia, mas será menor do que se não estivéssemos fazendo nada” disse o ministro da fazenda.
Imediatamente após essa medida, a moeda americana apresentou recuo de 5,5% frente o peso argentino. O dólar fechou a 22,20 pesos, contra 23,30 na ultima quinta-feira (3).
Além desta medida, o banco central continuará a usufruir de todos os artifícios de intervenção no mercado de câmbio, a fim de conduzir a política monetária para atingir a meta de inflação, que será de 15% em 2018.
Principais índices financeiros
Bolsa
O Ibovespa fechou a semana passada com o pior desempenho de 2018. Na semana, a queda foi de 3,85% com fechamento em 83.118 pontos.
A apreensão quanto a alta de juros nos Estados Unidos segue assombrando os investidores do mercado de ações brasileiro, reduzindo o apetite ao risco dos mesmos e impulsionando a cotação da moeda americana. Ao mesmo tempo que a alta do dólar torna as ações brasileiras mais baratas, o lucro das mesmas em moeda estrangeira é reduzido.
Os destaques da semana foram as ações das Lojas Renner, que fecharam a sexta-feira com alta de +5,43%. Do lado negativos, os bancos tiveram quedas na semana e Raia Drogasil (-3,64%) e Cielo (-3,22%) apresentaram as maiores perdas de sexta-feira.
Dólar
O Dólar encerrou a semana passada cotado em R$ 3,5235, alta de 1,76%. A alta da moeda americana não mostrou-se intimidada com a sinalização de que o Banco Central do Brasil pode vir a intervir no câmbio vendendo a moeda após 1 ano.
Durante a semana passada foram apresentados os dados do payroll americano, que veio mais fraco do que os esperado pelo mercado, reduzindo as pressões inflacionárias e tirando força de uma possível postura mais hawkish (aperto monetário) do Banco Central americano.
A desvalorização do Real também engloba a questão do custo de carregamento da moeda brasileira ante o dólar. A redução nas taxas de juros brasileira e possível elevação da americana reduzem a atratividade do investidor de carregar reais em sua carteira de investimentos.
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