26 de março de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Dirigentes de Bancos Públicos Federais Deverão ser Aprovados pelo BC
Michel Temer definiu que o Banco Central deverá aprovar a nomeação dos dirigentes de bancos públicos federais. Ou seja, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, terão seus dirigentes aprovados de acordo com capacidade técnica.
A medida visa estender a Lei das Estatais, que atualmente se aplica a bancos estaduais e privados, aos bancos públicos federais. Atualmente, as indicações tem viés político e não técnico.
De acordo com o público pelo jornal Valor Econômico, um decreto ou projeto de lei deve ser publico ainda esta semana para oficializar a decisão.
A notícia deve favorecer papéis dos bancos públicos federais.
Copom Reduz a Taxa de Juros e Sinaliza Novo Corte em Maio
Em reunião na quarta-feira (21), o Copom decidiu por cortar a taxa de juros em 25 pontos-base, para 6,50% a.a. Este corte, no entanto, já era esperado pelo mercado. O que não estava sendo considerado pelos economistas e analistas era a possibilidade de novos cortes serem feitos ao longo deste ano.
Surpreendendo o mercado, o Banco Central sinalizou que deve continuar com o ciclo de flexibilização monetária. Em fevereiro, o Copom havia indicado que o corte na taxa de juros estaria se encerrando ali e, apenas poderia continuar em caso de “mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos”.
Analistas que estavam esperando uma taxa de 6,5% até o final deste ano, mudaram a previsão para 6,25%.
Internacional
Valor do Facebook cai US$ 74,6 bilhões em uma semana
Após a descoberta do escândalo de vazamento de dados de usuários do Facebook, e possíveis desdobramentos ligados às eleições americanas, os papéis da companhia sofreram bruscas variações durante a semana, a maior turbulência desde 2012. Estima-se que foram utilizadas informações de 50 milhões de internautas, para influenciar as eleições que levaram à vitória do presidente americano, Donald Trump. A empresa responsável por obter estas informações é a Cambridge Analytica, que possui como membros Steve Bannon, ex-estrategista chefe de Donald Trump, e Robert Mercer, um ultra conservador bilionário que apoiou Trump nas eleições.
Na quarta feira, dia 21, o presidente e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu desculpas publicamente aos usuários de sua plataforma. Porém, o Senado americano entrou com um pedido para que ele deponha em seu Congresso.
Na semana, a queda de ações da companhia registrou um acumulado de 13,89%, o que representa uma variação de US$ 74 bilhões. Apenas no dia 23, sexta feira, houve uma baixa de 3,34%.
Putin é reeleito na Rússia
No domingo passado, dia 18, Vladimir Putin foi reeleito na Rússia com 76% dos votos, um recorde desde 1991. Em 2024, quando deixará o governo, completará 25 anos no poder, sendo apenas 4 anos e 4 meses deles como primeiro ministro.
Uma questão imediatamente levantada é quem será o primeiro ministro do presidente. O nome que vem sido apontado é o de Igor Sechin, presidente da estatal Rosneft. Porém, acredita-se também que uma pessoa mais moderada poderá tomar o poder, uma vez que a reforma da Previdência Social está em pauta e a mais radical aumenta a idade da aposentadoria dos homens para 65 anos e das mulheres para 60 anos. O parlamento está no controle do presidente, que sabe que deve ir com calma para não perder o apoio popular.
Principais índices financeiros
Bolsa
O principal índice financeiro da B3, o Ibovespa, terminou a semana do dia (23) com queda de 0,6% ante o fechamento da semana anterior.
O receio de guerra comercial entre Estados Unidos e China, após o presidente Donald Trump anunciar plano de imposição tarifária de até US$60 bilhões sobre produtos chineses (22/3) e retaliação chinesa inversa em US$3 bilhões, pressionaram para baixo os índices de ações americanas. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq tiveram queda de mais de 5,5% na semana.
Apesar dos temores comerciais internacionais, o Ibovespa caiu menos do que as bolsas americanas por conta de fatores internos. A perspectiva de continuidade no corte da Selic, por parte do Banco Central para além dos 6,5% atuais surpreenderam o mercado. Fatores esses que praticamente anularam os efeitos externos.
Dólar
Em meio ao aumento das tensões comerciais, o Real fechou a semana em queda ante do dólar. A moeda americana fechou a semana em alta de 1,18%.
O temor de perda do crescimento global sincronizado, motivo alegado pelo mercado global para investimento em ativos de maior risco, provocou uma desvalorização em moedas mais dependentes do fluxo comercial internacional. O Real teve o terceiro pior desempenho entre as moedas no período. A lira turca caiu 1,75% e o won sul-coreano desvalorizou 1,22%, pior e segundo pior desempenhos da semana.
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