Brasil

Salário mínimo será de R$ 1.039 em 2020

O governo irá propor, para entrar em vigência em 2020, o novo salário base de R$ 1.039.  A proposta da correção foi anunciada para análise do Congresso Nacional na última sexta-feira (30).

Waldery Rodrigues, secretário especial da Fazenda, anunciou que este ajuste não pode ser considerado como um aumento real, pelo fato de ter sido somente uma correção do ano de 2019 pelo INPC. Durante coletiva de imprensa para apresentação do projeto, ele comentou quais são os planos para o governo sobre esta pauta:

“Esse valor é exatamente o número de 2019 corrigido pelo INPC. Não é nossa política de salário mínimo. Temos até o fim do ano para estabelecer nossa política de salário mínimo”.

Ainda assim, o valor previsto está abaixo da última estimativa, na qual fora indicado que o salário mínimo para 2019 seria de R$ 1.040.

Mesmo diante destas circunstâncias, com a aprovação do novo salário base, será a primeira vez no Brasil que o mínimo exigido pelo governo ultrapassa R$ 1 mil.

Resultado PIB no segundo trimestre cresce 0,4%, segundo IBGE

A economia brasileira teve resultado positivo neste segundo trimestre. O resultado do PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve uma alta de 0,4% no período. Esta performance gerou um resultado nominal de R$ 1,78 trilhão  no 2T19. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (29) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE).

Com este resultado, o acumulado no ano é de avanço de 0,7%. Quando comparado com o mesmo período de 2018, o Produto Interno Bruto teve uma alta de 1%.

Para governo, reforma tributária é principal pauta

Hamilton Mourão, vice-presidente, afirmou que o principal objetivo do governo é a aprovação da reforma da tributária. Para ele, a medida deve ser implementada o quanto antes para conseguir a melhor distribuição de pagamento de alíquotas de IR.

Em entrevista, Mourão alegou que hoje os contribuintes pagam o equivalente a 33% do PIB em impostos. Para o vice-presidente, o melhor modelo a ser implementado é através do imposto com valor agregado (IVA), projeto estruturado pelo atual governo onde o contribuinte pagará o imposto de forma única. Atualmente o brasileiro é taxado através do consumo.

O modelo defendido por Mourão é utilizado há muitos anos pelo bloco da União Europeia e tem grande reconhecimento de funcionamento em Portugal.

Internacional

Boris Johnson suspende o parlamento britânico

O primeiro ministro britânico tomou a atitude final em direção ao Brexit. Boris Johnson, que assumiu o parlamento britânico após o afastamento de Theresa May, colocou a saída da Inglaterra do bloco econômico como uma das principais pautas e objetivos de governo.

O movimento do Brexit foi adiado diversas vezes por May, muito embasado no fato de que a Inglaterra não ter selado nenhum acordo comercial para garantir sua economia após o desligamento da União Europeia. Por outro lado, o governo de Johnson não parece ter se importado com essa questão, visto que fechar o parlamento britânico por cerca de 5 semanas é quase um ultimato para a medida segregacionista.

O imposto pelo premiê não é significante para o Brexit, porém, a saída da Inglaterra é uma consequência quase inevitável. Autorizado pela rainha Elizabeth, Boris Johnson afirma que congelar o parlamento é necessário para “seguir adiante com nossos planos para o país avançar”, ainda que sem esperar um acordo geral do parlamento acerca da saída da União Europeia.

França oferece ajuda para Amazônia, Bolsonaro faz birra e consequências surgem no G7

Nas últimas semanas, um dos maiores biomas verdes do mundo começou a ser assolado por uma grande queimada. A catástrofe natural alertou muitos países, que se organizaram para prestar ajuda e discutir a questão de meio ambiente no G7. Um dos membros mais ativos na discussão foi a França, liderada por Macron, que ofereceu US$ 22 milhões de dólares para o Brasil. Porém, Bolsonaro barrou a ajuda, esperando um “pedido de desculpas” por parte de Macron.

O pedido peculiar de Bolsonaro fez a Europa duvidar da responsabilidade do presidente. Grande parte da composição do G7 recebeu negativamente a atitude do presidente brasileiro, principalmente a parte composta por países europeus. A negligência de Bolsonaro quanto aos incêndios na mata amazônica está gerando diversos pedidos acusação para o presidente, inclusive o responsabilizando por crime contra humanidade.

Principais índices financeiros

Bolsa

O Ibovespa ultrapassa novamente a casa dos 100 mil e fecha a semana aos 101.134 mil pontos, uma valorização acumulada no período de +3,55%. Um dos motivos da alta foi a divulgação do resultado oficial do PIB trimestral de 0,4%, ligeiramente acima da expectativa, e afastando de vez a hipótese de recessão técnica.

As negociações na guerra comercial estão mais brandas e não trouxeram volatilidade ao mercado com aconteceu durante todo o mês de agosto. No resultado do mês, a bolsa termina com leve baixa de -0,67%, distante do patamar de 96 mil onde ela iniciou a semana.

Entre os destaques positivos estão VVAR (+13,84%), LAME4 (12,49%) e BTOW3 (+ 12,23), que demonstram uma alta no setor como um todo, sendo o varejo muito impactado nessa correção do Ibovespa e ações cíclicas com a boa expectativa do mercado nacional.

Do outro lado, temos QUAL3 (-3,74%) 3 SMLS3 (-2,25%), ações que tiveram alta no mercado em queda e agora sofreram o ajuste de preço.

Dólar

O dólar iniciou a semana forte e termina a R$4,14/US$, uma desvalorização de 0,56%.

Ainda que houveram algumas turbulências no cenário internacional, como anúncio da moratória argentina e avanços em direção ao hard Brexit, o Bacen controlou o câmbio e vendeu moeda no mercado para conter maiores picos e possível pressão inflacionária que poderia ser causado por uma alta ainda maior da moeda americana.

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