29 de outubro de 2024

Por Que o Brasil Não Tem uma “Nasdaq” para Chamar de Sua?

Apesar das frequentes novas aberturas de capital, a bolsa brasileira ainda é dominada por empresas tradicionais de commodities e infraestrutura. Segundo um estudo da Seneca Evercore, 84 empresas abriram capital nos últimos 10 anos, mas apenas 17,9% obtiveram desempenho positivo em relação ao preço de seu IPO, com setores ligados à nova economia sofrendo a maior retração.

Para Daniel Wainstein, da Seneca Evercore, um mercado acionário limitado e a instabilidade política prejudicam o crescimento de empresas de tecnologia. Gustavo Harada, da Blackbird Investimentos, destaca que a alta de juros e o cenário político tornam os investidores locais mais conservadores, o que dificulta o desenvolvimento da “nova economia” no Brasil. Em comparação, países emergentes como China e Coreia do Sul exibem um mercado mais diversificado.

Já para Alexandre Sant’Anna, da ARX Investimentos, o crescimento de setores de nova economia ocorre de forma lenta e gradual, mas empresas brasileiras como Nubank e Stone buscaram valorização em bolsas dos EUA, passando a ser incluídas em índices globais, como o MSCI Brazil. Mesmo com limitações, Harada vê potencial de transformação, desde que haja estabilidade no mercado brasileiro.

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